sábado, 24 de janeiro de 2009

Memórias de uma carta extraviada.


Se as lágrimas separam nossos lábios grito ao mundo que se recolha em um grão de areia. Ouso enviar-te pragas, trovões, tempestades, tapas e ofensas. Vejo uma borboleta morta ao lado do pneu parado. Vejo-te chorar, te corto com os dentes até chegar ao teu mais fundo pesar. Eu grito. Eu tenho medo. Eu me perco dos sentidos e caminho. Dou as mãos ao tempo esperando uma resposta, a resposta não vem. Escuto-te como se não ouvisse, te toco como se não fosses meu, te beijo procurando nos teus cantos algum sentido. Mas não se machuque. Eu pouso delicados os dedos na tua face buscando um sorriso. O céu se abre quando sorris. Eu deito ao teu lado buscando o teu calor, me entrego aos teus longos braços e choro baixinho para que não percebas. Eu te amo. E se a vontade dos nossos corpos e, acima de tudo, das nossas almas for maior que a dor, que seja puro, novamente, o nosso amor.

8 comentários:

Algumas coisinhas da Jéssica disse...

Que lindo!

jean mafra em minúsculas disse...

êêêêêêêêêêêêêê!!!!! ela voltou!!! e aí, neguinha, vamos tomar um café?!? preferes um almoço?!? um jantar?!? eu e a aninha estaremos aí na semana que vem.

beijo me liga

gregory haertel disse...

texto lindíssimo e última frase perfeita (o que é quase impossível com as palavras 'dor' e 'amor')
tava com saudades de ler os teus textos.
beijão

Lisluz disse...

a menina que ri quase me fez chorar!
parabens pela junção das palavras!
agora com licença, vou juntar meus cacos!!!

:)

Alonso Zerbinato disse...

Muito bom isso aqui, hein? Parabéns pelo trabalho!

Daniel Olivetto disse...

te indiquei numa brincaderinha no meu blog... besitos

Anônimo disse...

A MENINA QUE RI É A MENINA QUE CHORA

A menina ri
Porque o mundo é tanto
Que escorre dos olhos -
A chuva é lá dentro

O mar também tem
Suas horas de paz
E suas tardes de vento

Os pés acompanham
O balé do impossível -
A chuva é lá fora

E tudo é tão seu
Quanto é de ninguém
(O mundo é silêncio)
E a menina chora

Jaguarito disse...

chuva de lágrimas que o amor as enxuga em panos brios.

tava com saudades de passar os olhos por aqui!