
Eram muitas pessoas. Bebiam e sorriam dentro de rostos Mac e batons chanel. A menina também, bebia e sorria borrando o batom. Abraços e promessas, beijos sem compromisso, lanchas e passeios em campos de golfe. Zero sentido. "seu vestido é lindo, seu cabelo está horrível, essa é a música que você tem que ouvir, dance assim, coma isto, suba no salto mesmo que te cause bolhas e dor, puxa o cabelo, use muito ouro nessa estação, creme anti-rugas, sorria na foto mesmo que esteja triste, clareie os dentes, brinde, não coma, seja magra, seja linda, tenha 18 anos sempre!"
E a menina olhava pro mar sem conseguir entender seu brilho.
Apertos de mãos frias não fazem sentido. Congelam as veias podendo causar uma parada total do músculo central, que pulsa, fraco. E na última festa do ano, enquanto caminhava sozinha, as 6h da manhã com o sol a nascer sobre o mar de Ipanema, a menina chorou. Que 2008 venha como o sol, quente, brilhante, intenso.
E logo em janeiro a menina beijou. Era como um beijo de filme, alguém gritava corta. Tarde demais pra um coração cansado de sofrer. Do set veio o jantar, a peça, o filme, o cirque du soleil, o vinho e as tardes lindas de chuva sobre o colchão. A menina descabelada, sem maquiagem, havaianas nos pés e o abraço mais quente da pele mais macia. E como se todo o aconchego não bastasse, a menina seguiu esbarrando em corações intensamente cheios de vida e verdade. Alguns já tão especiais na vida dela. A escritora que a fez chorar (D), o ator que a fez sorrir (C) o diretor que a fez sentir (T), o ator/tradutor/diretor (F) que lhe devolveu esperança. E ele, sempre ele, montado na bicicleta entre curvas e esquinas (mal sabe que tem asas, não precisa de artifícios pra voar), lhe devolveu o coração embrulhado carinhosamente num pote de Haagen-Daz.
Hoje, enquanto voltava pra casa, na mesma orla de Ipanema, com o mesmo sol intenso, quente, brilhante, ela sorriu e entendeu o maior de todos os sentidos. A beleza do Rio não é Ipanema, o Cristo, a floresta... é poder sentir-se pela primeira vez em um lugar seu, plena de sentidos, sem carcaças.
A menina agradece.
12 comentários:
AAAAAAAAAiii, arrasou no texto ...A M E I!
cuida paulinha linda cuidaaaaa
beijos Gabiii
lindo texto!
um dia será que escrevo assim?!
beijo grande!
bafo!
to indo praí dia 26 de abril!!!
Se segura meu beimmm e arruma a agenda aí!!!
Vou fazer um curso de 30 de abril a 5 de maio... chego sábado dia 26, e fico na tua casa com sete amigos, ok?!
Rsssss
com exceção dos sete amigos é tudo verdade!!!
beijoooo
me avisa das tuas datas!!!
amoreeee... agora que eu fui ler o textooooo... tava pensando exatamente nisso, enquanto especulava que menina que ri eu encontraria no Rio no fim do mês!!!
AAAAAAA (!!!)
Aikipon fóoolennn... lá lá lá
rsssss
que bão que a vida se conserta sempre, e sempre...
te amo
beijucs
Acordo....olho no espelho e não reconheço a minha cara. Tomo um banho correndo para ver se consigo saber quem está por trás daquele rosto amassado de travesseiro novo.
O banho é bom. E o reconhecimento? Frustração.
Ainda não consigo saber quem é a pessoa de cara amassada de travesseiro novo e agora, de banho tomado.
Sair do quarto para dar um beijo e um abraço(upa!) gostoso no sobrinho querido...
Acho que ele, o sobrinho, sabe quem é o cara amassada melhor do que eu. Ele sempre ri tão bonito quando olha para aquele que tem a cara amassada de travesseiro novo e de banho tomado...
Porque não é assim quando eu olho no espelho? Quero rir bonito que nem o sobrinho ri do tio...
O cara amassada de travesseiro novo, de banho tomado e de sorriso de sobrinho estampado em pensamento vai trabalhar.
No trabalho todos celebram sua chegada, gritam seu apelido, dão risadas e pedem para tocar o violão que está sendo carregado.
"Não para de tocar. Está bom trabalhar ouvindo o violão...".
Programadores se divertem no trabalho, pois tem um cara amassada de travesseiro novo, de banho tomado, com sorriso de sobrinho estampado na mente e com violão no colo entretendo um trabalho que poderia ser muito chato.
E a noite, ao invés do violão, a guitarra.
Todos se divertem com a guitarra e sua turma. Fase boa. Realizações e conquistas muito aparentes...
Por que, então, ainda existe confusão? Estar sozinho novamente ergue ou derruba? Por que toda essa confusão mental? Por que todo esse distanciamento interno e externo? Por que tanto porquê?
A beleza da Lagoinha do Leste, da Lagoa da Conceição ou do Campeche, parece não mais revelar um lugar meu...
Espero que o cara de cara amassada não esteja usando nenhuma máscara e que apenas está se sentido perdido...só isso...
Saber que pessoas queridas estão entrando em equilíbrio, revela uma boa motivação para quem, atualmente, se sente desequilibrado.
Chega, tá ficando confuso...hehehe
Beijos e muita paz.
não saberia dizer o que o rio tem de melhor, mas o seu melhor nem todo mundo enxerga, é preciso usar os olhos do coração...mas hoje em dia, meu deus!, o povo anda muito míope!
beijos e beijos e mais beijos pra minha paula vaca amarela, caso a vejas por favor sussurre a ela "e por falar em saudade, onde anda você, onde andam seus olhos que a gente não vê!"
Adorei o texto!
Lindo!
Beijinhos saudosos...
Jéssica
Rio de Janeiro!
tô dentro!
=)
entre rio e sp ando mais apaixonado pelo rio desde o fim do ano passado...a cidade merece textos como esse
bj
Cadê você?
Que lindo. Que doce.
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